terça-feira, 6 de março de 2018

Momento Etty Fraser - Espaço dedicado ao programa A moda da casa - Anos 80

Como escrito em postagens anteriores, criamos neste blog um espaço dedicado a grande Etty Fraser por seu programa A moda da Casa, um grande sucesso na TV dos anos 80.

Segue mais algumas receitas para vocês, só clicar na foto que ela amplia.


Mais revista Doçura para você - Cozinhando com vinhos

Seguindo com o resgate das revistas antigas que publicavam gastronomia e culinária em geral, hoje escolhi mais uma REVISTA DOÇURA para compartilhar.



Revista n.84 - Glória Menezes e Tarcisio Meira

domingo, 4 de março de 2018

6º Caderno de Receitas do Açúcar União - ano 1967

Hoje selecionei uma pequena relíquia da minha coleção para compartilhar com vocês. Este é o 6º Caderno de Receitas do Açúcar União publicado no ano de 1967.

Segundo informações, o primeiro livreto lançado com vinte receitas foi em 1958 e neste ano  foi lançada a Coleção União – Receitas de Sucesso (12 volumes) - União 100 anos – receitas que fizeram nossa história.

Nesta edição, as receitas eram enviadas pelo público e selecionadas pela cozinha experimental União. As melhores receitas eram compradas por CINQUENTA CRUZEIROS NOVOS e publicadas no verso dos pacotes do açúcar.




Acesse http://www.ciauniao.com.br/institucional e saiba mais sobre essas publicações.


Relíquias do mundo gastronômico - Edição de estréia da revista GULA

Mais uma raridade do meu acervo para esta postagem, a Edição de estréia da revista Gula.
Selecionei algumas páginas raras, confira!!!
COMER BEM É A MELHOR VINGANÇA










O buffet de casamento de Elis Regina e Ronaldo Boscoli por Myrthes Paranhos

Seguindo com as pesquisas sobre as grandes damas da cozinha brasileira, encontrei uma preciosidade de duas mulheres que admiro: Elis Regina e Myrthes Paranhos.
Renomada banqueteira da época, Myrthes foi responsável pelo buffet da festa do casamento de Elis Regina e Ronaldo Boscoli. Veja abaixo o texto retirado da biografia da Elis sobre este momento.







Trecho extraido do livro Furacão Elis - Regina Echeverria

Programa culinário A moda da casa - anos 80 - Homenagem para Etty Fraser - Série Divas da cozinha

Queridos leitores, sempre com o propósito de manter viva a nossa história culinária que escolhemos hoje com grande prazer homenagearmos a grande atriz e apresentadora Etty Fraser.


Etty Fraser Martins de Sousa (Rio de Janeiro, 8 de maio de 1931) atriz eminentemente de teatro e televisão, na década de 80 apresentou na TV Record um programa culinário de muito sucesso chamado À Moda da Casa.
Nossa grande dama dos palcos e da culinária apresentou o programa de 1980 até 1988 e lembro que minha avó Maria era sua grande fã.
Para nossa alegria encontramos na revista Doçura uma coluna específica do programa e estaremos a partir de hoje dividindo com vocês no momento Etty e a moda da casa.





Se você tem algum material que gostaria de dividir conosco aqui no blog, entre em contato através do email chefmariana@gmail.com

Saiba mais sobre a maravilhosa Etty Fraser clicando AQUI

Vale a pena conferir esta entrevista no site do epipoca , clicando AQUI

Alguns trabalhos na TV

2010 Uma Rosa com Amor (2010) (SBT)
2006 Cidadão Brasileiro (Rede Record) - Mariazinha
2004 Um Só Coração (Globo) - Ita
2001 Entre o Amor e a Espada (TVE Brasil)
1998 Torre de Babel (Globo) - Sarita
1992 Mundo da lua (TV Cultura) - Tia Iolanda (participação especial)
1980 Dulcinéa vai à guerra (Rede Bandeirantes) - Elisa
1980 Cavalo Amarelo - Elisa
1978 Salário Mínimo - Letícia
1976 Os Apóstolos de Judas (Rede Tupi) - Evelyn
1975 Meu rico português (Rede Tupi) - Frida
1974 O Machão (Rede Tupi) - Mimosa
1972 Vitória Bonelli (Rede Tupi) - Pina (Hipólita)
1970 Simplesmente Maria (Rede Tupi) - Pierina
1969 Nino, o Italianinho (Rede Tupi) - Adelaide
1968 Beto Rockfeller (Rede Tupi) - Madame Walesca
1966 Ninguém Crê em Mim (Rede Excelsior)
1961 O Vigilante Rodoviário (episódio: O Rapto do Juca) 

Dona Benta - Comer bem 1963



O livro da Dona Benta teve sua primeira edição lançada em 1940. Nos anos atuais já são mais de 1 milhão de livros vendidos. Isto comprova que o que é bom perdura por anos.
Esta é a quadragéssima nona edição, lançada em 1963,atualmente o livro está na sua edição 76, sempre buscando manter a qualidade e reformulando para o conceito atual, Dona Benta tem sucesso garantido em suas receitas de norte a sul do país.
Intitulado como um livro definitivo para as próximas gerações, então que possamos acompanhar mais e mais edições que ainda virão.

A musicalidade gastronômica - um paralelo da história gastronômica brasileira e a música nos anos 50 e 60.


Uma cozinha não vive só de sons de panelas, chefes gritando, água fervendo e estômagos roncando, vai muito além disso. Demonstra a sonoridade da alma de um povo, seus costumes, seus hábitos. A história gastronômica brasileira traz uma grande mistura de raças e povos: indígenas, portugueses e africanos. Por outro lado, a música brasileira das décadas de 50 e 60 expõe grandes nomes e movimentos: João Gilberto, Tom Jobim, a bossa nova, dentre outros. Traçar um paralelo entre duas artes é mostrar a grande afinidade entre elas.
Os povos indígenas eram os primeiros habitantes de nosso país , antes de serem colonizados pelo povo açoriano. De grande criatividade culinária e de ingredientes sem grande variedade, faziam da mandioca farinha, biju, bebidas e outros derivados. O dom maior era este fazer do simples um verdadeiro espetáculo. Muitas décadas depois, mais precisamente em 1958 o jovem João Gilberto que tinha uma grande habilidade com violão usou desta simplicidade musical e criou um movimento revolucionário: a bossa nova. Para entender melhor é necessário retornar um pouco na história.
Os anos anteriores a bossa nova eram característicos de grandes orquestras, com músicas dor de cotovelo, cantores com roupas exuberantes e o som dos instrumentos chegava a ser mais altos do que a própria voz do artista. Grandes nomes como Maysa, Tito Madi, Morgana fizeram sucesso nessa época. O tradicionalismo imperava na música brasileira, assim como os portugueses colonizadores. Cabral não chegou necessariamente com uma orquestra, mas com sua esquadra achando que indigenas iriram aprovar seus costumes. Pelo contrário, tentaram de tudo, mas viram que alguns ingredientes daqui era novidade e começaram um processo de extração infinita para só muito depois começar um intercâmbio de ingredientes. Não se sabe ao certo tudo que portugal trouxe aos brasileiros, mas sabe que assim como as grandes orquestras se renderam ao ritmo cool e mais calmo da bossa nova eles se entregaram as delícias dos indígenas.
Tudo estava maravilhoso historicamente na gastronomia indígena-portuguesa, como na música brasileira e a bossa nova, ate surgir duas figuras inusitadas: os africanos e Tom Jobim. Em épocas diferentes, mas como o mesmo estilo apimentado e apaixonante vieram temperar a vida. O ciclo do açúcar começou no Brasil e junto vieram os escravos, não eram pessoas simples no seus países e tinham grande conhecimento na cozinha, seja no modo de preparo ou nos temperos. Fizeram uma revolução gastronômica, juntaram os ingredientes indígenas com os portugueses e com um dedo especial e temperos originais transformaram a comida do branco. Tom Jobim não foi diferente, devido sua formação musical era o único que conseguia partir do erudito para a música brasileira com grande autoridade. O que ele fez? Juntou as orquestras antigas com o som de João Gilberto e criou sua própria bossa nova, assim como os escravos entraram e transformaram na cozinha, Tom Jobim transformou a música brasileira.

Seja na história criada ou na música cantada temos a ginga brasileira e damos show para encantar todo o mundo. Que possamos ter a mesma sublimidade e critividade dos indígenas e de João Gilberto, o mesmo ímpeto das orquestras e a coragem de desbravamento dos portugueses e possamos enfim com a autoridade de Tom Jobim criar e recriar a vida apimentada com os aromas africanos.

por Mariana de Castro

quinta-feira, 1 de março de 2018